Com menos de 6 meses de mandato, gestão é cassada e Barrolândia terá nova eleição para prefeito
- Flávio Guimarães
- 4 de jul.
- 2 min de leitura

Menos de seis meses após assumir o comando da Prefeitura de Barrolândia, o prefeito João Machado Alves e o vice Neusimar dos Reis tiveram seus mandatos cassados por decisão da Justiça Eleitoral. A medida veio após um parecer detalhado do Ministério Público Eleitoral, que apontou abuso de poder político, econômico e compra de votos durante as eleições municipais de 2024.
As denúncias envolvem desde negociação de cargos públicos até manipulação do concurso público realizado pela Prefeitura. Segundo a promotora Priscilla Karla Stival Ferreira, o grupo político usou renovações de contratos temporários como moeda de troca por apoio eleitoral e votos. Ao todo, 183 contratos foram firmados em prazo suspeito e com claro favorecimento a aliados. O próprio edital do concurso foi modificado para beneficiar servidores temporários, que já ocupavam as funções às quais concorreram e foram aprovados. A maioria dos aprovados era formada por contratados da gestão anterior ou parentes de políticos do grupo.
O ex-prefeito Adriano Ribeiro, mentor político da chapa, também foi atingido pela decisão. Agora ele, João Machado e Neusimar dos Reis estão inelegíveis por oito anos. O detalhe que mais choca é que tudo isso aconteceu enquanto a população acreditava que o novo governo começaria com seriedade e renovação. Ao contrário, mostrou-se uma continuidade de práticas escusas e desrespeitosas com o povo.
Os vereadores Eldivan Machado Coelho e Vanderson de Morais Ferreira também foram citados no processo, mas ainda não há confirmação oficial se a cassação atinge seus mandatos. Caso isso se confirme, um novo impasse jurídico surgirá, já que Eldivan é o atual presidente da Câmara Municipal e seria, teoricamente, o responsável por assumir interinamente o comando do Executivo. Se ele também cair, o município enfrentará uma crise institucional ainda maior.
Barrolândia, infelizmente, vira notícia nacional não por avanços ou melhorias, mas por repetir a velha prática de usar a máquina pública como ferramenta de campanha. Agora, caberá à Justiça Eleitoral organizar uma nova eleição para a Prefeitura, enquanto o Ministério Público segue investigando o caso, que ainda pode atingir outros nomes da política local.
O povo de Barrolândia precisa de respostas e principalmente de respeito. O Tocantins Atual seguirá acompanhando e trazendo à tona o que muitos tentam esconder.
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