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Opinião | Crise em Palmas, operação federal e o jogo político que pode virar no Tocantins

  • Foto do escritor: Welton Ferreira
    Welton Ferreira
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de jul.

Foto: to.gov.br
Foto: to.gov.br

A prisão do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, não foi apenas um escândalo de manchete. Ela escancarou o nível de tensão e incerteza que ronda os bastidores da política tocantinense. Se até o gestor da capital, com toda sua história e articulação, caiu, quem mais pode estar na mira da Justiça?

Nos bastidores, a pergunta que se repete é: será que essa operação para por aqui? Até o momento, não há nenhuma informação oficial sobre qualquer envolvimento do governador Wanderlei Barbosa, mas, como se diz na política, quando a fumaça é densa demais, a dúvida se espalha mais rápido que o fogo. E se, apenas se, o governador for atingido em algum momento por esse turbilhão, o efeito seria devastador.

E aí entra uma questão crucial: o que acontece com Amélio Cayres, atual presidente da Assembleia Legislativa e hoje o nome mais bem posicionado na linha de sucessão natural dentro do grupo governista? Amélio é o favorito de Wanderlei para 2026, tem feito um trabalho silencioso, mas altamente estratégico. Ele costura apoios, fortalece alianças e consolida sua imagem em todas as regiões do Estado. Mas, num cenário onde o governo estadual perde força, ele também perde o apoio da máquina.

Será que, sem a estrutura nas mãos, Amélio teria força para bater de frente com ela? Essa pergunta é inevitável. Afinal, na história do Tocantins, apenas dois conseguiram essa façanha: Siqueira Campos, que venceu Carlos Gaguim em 2010, e Marcelo Miranda, que superou Sandoval Cardoso em 2014.

E se a cadeira do Palácio Araguaia balançar, um novo nome pode voltar à cena: o vice-governador Laurez Moreira, que tem mantido discrição, mas continua ocupando um dos cargos mais estratégicos do Estado. Se a estrutura governista mudar de mãos, Laurez pode ser a escolha natural para herdar o bastão e disputar a reeleição com toda a máquina ao seu lado.

No meio desse possível redemoinho, Amélio terá que mostrar que sua força não está apenas nas alianças que tem com o governo, mas sim na base política que vem construindo em cada canto do Tocantins. Se conseguir manter sua posição mesmo sem o apoio direto do Palácio, pode entrar para a história como o terceiro nome a vencer o peso da máquina estatal.

O jogo ainda está em aberto. Mas uma coisa é certa: o tabuleiro político do Tocantins pode virar a qualquer momento.

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