Saúde de Araguaína na mira da PF: Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade; investigação apura fraudes milionárias em contratos da saúde
- Welton Ferreira

- 1 de out.
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A cidade de Araguaína, no norte do Tocantins, entrou na mira da Polícia Federal nesta terça-feira (30), durante a deflagração das operações OMNI e Difusão. A ação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU/PI) e o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI), investiga um esquema criminoso milionário envolvendo contratos da saúde pública.
Em Araguaína, agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão ligados às suspeitas de fraudes em contratos hospitalares. A operação também alcançou cidades do Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Paraná, além de determinar o bloqueio de R$ 66 milhões, o afastamento de servidor público e a suspensão de contratos ligados aos investigados.
Segundo as investigações, empresas de saúde teriam sido beneficiadas em processos de contratação, com direcionamento e conluio envolvendo agentes públicos. O foco principal está em contratos da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI), incluindo a gestão do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, mas os efeitos do esquema se estenderiam a outros estados, incluindo o Tocantins.
Entre os crimes apurados estão superfaturamento, lavagem de dinheiro, conflito de interesses, falsidade ideológica e até irregularidades em contratos de software de gestão hospitalar.
As denúncias que deram origem à operação apontaram fraudes em serviços de hemodiálise e diálise peritoneal à beira leito, com suspeita de participação de agentes públicos para favorecer empresas contratadas.
Com o cumprimento dos mandados em Araguaína, a PF reforça que a cidade tem papel estratégico dentro da investigação, já que contratos firmados na região podem estar diretamente ligados ao esquema de corrupção que movimentou milhões de reais.












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