Zoneamento Ecológico-Econômico: instrumento essencial, mas com estudos defasados
- Flávio Guimarães
- 19 de ago.
- 2 min de leitura

Por André Luiz, pré-candidato a deputado federal
O Zoneamento Ecológico-Econômico do Tocantins (ZEE-TO) é um dos instrumentos mais estratégicos para o futuro do nosso Estado. Ele foi concebido para orientar políticas públicas e investimentos privados de forma equilibrada, conciliando crescimento econômico com preservação ambiental e respeitando as potencialidades e os limites de cada região.
No entanto, precisamos encarar a realidade: os estudos que sustentam o zoneamento estão defasados. O próprio plano admite que suas análises foram realizadas entre 2015 e 2019, projetando cenários que já não refletem as transformações vividas pelo Tocantins. Desde então, avançamos significativamente na produção agrícola, enfrentamos novos desafios climáticos e vivemos uma pressão crescente sobre nossas áreas de preservação. Trabalhar com dados ultrapassados compromete a credibilidade e a eficácia do ZEE.
A importância do ZEE
O zoneamento organiza nosso território em 135 zonas — classificadas em Especiais, de Desenvolvimento Integrado e de Consolidação Estratégica —, cada uma com diretrizes próprias. Em tese, esse instrumento deveria funcionar como bússola para investimentos e políticas públicas, prevenindo conflitos de uso do solo e promovendo equilíbrio entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
O desafio da atualização
Infelizmente, hoje essa bússola aponta para mapas antigos. Sem uma atualização séria, transparente e participativa, corremos o risco de transformar o ZEE em um documento meramente decorativo, sem aplicação prática.
Meu compromisso
Como pré-candidato a deputado federal, assumo o compromisso de lutar pela revisão e modernização do Zoneamento Ecológico-Econômico. Esse processo deve ser conduzido com rigor técnico e ampla participação popular, envolvendo universidades, produtores rurais, comunidades tradicionais, setor produtivo e ambientalistas.
O Tocantins precisa de um zoneamento vivo, que seja instrumento real de planejamento, capaz de garantir desenvolvimento econômico com justiça social e respeito ao meio ambiente. Esse é o caminho para um futuro sustentável e equilibrado para todos nós.
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