A Hipocrisia de Wagner Rodrigues e o Teatro da Comunicação Oficial
- Welton Ferreira

- 16 de out.
- 2 min de leitura

Em Araguaína, o discurso bonito da gestão de Wagner Rodrigues virou um espetáculo de contradições. Enquanto a assessoria de comunicação da prefeitura grava vídeos exaltando o trabalho dos produtores regionais e dos pequenos empreendedores que movimentam a economia local, na prática o que se vê é uma verdadeira cruzada contra quem tenta sobreviver com dignidade.
O episódio ocorrido na manhã desta quinta-feira (16) na Avenida Filadélfia é o retrato mais fiel dessa incoerência. Agentes do DEMUPE apreenderam barracas de frutas que ficavam à margem da via barracas que há anos serviam como sustento para famílias humildes e forneciam produtos frescos à população. A ação, truculenta e sem diálogo, deixou um rastro de prejuízo e desespero, afetando trabalhadores que já vivem no limite.
É o cúmulo da hipocrisia: o mesmo governo que aparece nas redes sociais promovendo campanhas para “valorizar o pequeno produtor” é o que usa a força da máquina pública para desmontar o ganha-pão desses mesmos cidadãos.
Enquanto isso, o prefeito Wagner Rodrigues segue ensaiando discursos de empatia e proximidade, gravados sob luz controlada e editados pela sua equipe de marketing a mesma que tenta transformar em publicidade o sofrimento de quem vive à margem.
A pergunta que não quer calar é: será que essa postura autoritária e desumana ajuda a imagem de sua candidata preferida, a senadora Dorinha, ou apenas a mancha com o selo da hipocrisia e da insensibilidade social?
E onde está a primeira-dama, sempre tão presente nas ações sociais quando há holofotes, mas ausente quando o povo mais precisa? O “social” da gestão parece funcionar apenas quando há câmeras, tapete vermelho e discurso pronto.
A realidade nas ruas de Araguaína fala por si: uma cidade onde o pequeno trabalhador é tratado como problema e onde a propaganda tenta mascarar a falta de humanidade no poder.
Chegou a hora de Araguaína enxergar além das lentes da propaganda oficial. A população precisa cobrar coerência de quem governa, exigir respeito a quem trabalha e não se deixar enganar por vídeos ensaiados e sorrisos de conveniência. Porque governar não é atuar é ter compromisso real com a dignidade do povo.












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