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Araguaína sob multa: a “fábrica de autuações” e o caos no trânsito da gestão Wagner Rodrigues

  • Foto do escritor: Welton Ferreira
    Welton Ferreira
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

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Araguaína, uma das cidades mais dinâmicas do norte do Tocantins, vive um paradoxo: enquanto cresce economicamente, seu trânsito se torna cada vez mais confuso, desorganizado e alvo de críticas. Sob a gestão do prefeito Wagner Rodrigues, a ASTT (Agência de Segurança, Transporte e Trânsito) tem sido apontada por moradores, motoristas e comerciantes como uma verdadeira “fábrica de multas”, onde o foco parece ter deixado de ser a educação e a fluidez no tráfego, para se tornar a arrecadação e o controle.

A insatisfação popular cresce a cada dia. Motoristas reclamam do aumento expressivo de autuações e da falta de critérios claros na fiscalização. Em vez de investir em engenharia de tráfego, sinalização adequada e planejamento urbano, a atual gestão tem se concentrado em ações punitivas, sem oferecer alternativas reais para a mobilidade da população. Resultado: Araguaína transformou-se em um labirinto urbano, onde o improviso reina e a paciência dos condutores se esgota.

Especialistas apontam que o trânsito de Araguaína reflete a falta de planejamento técnico e de visão de longo prazo. A cidade cresce rapidamente, mas as vias permanecem as mesmas, sem adequação à nova demanda. Ruas mal sinalizadas, alterações de sentido mal comunicadas e obras sem estudo prévio de impacto no fluxo de veículos tornam a vida do araguainense um desafio diário.

A Avenida Cônego João Lima, principal corredor comercial da cidade, é o retrato mais evidente desse colapso. O trecho central se tornou praticamente intransitável, com congestionamentos constantes e a quase inexistência de vagas de estacionamento. Comerciantes relatam queda nas vendas e clientes frustrados pela dificuldade de acessar as lojas. A via, que deveria ser símbolo de desenvolvimento, hoje reflete o caos urbano e a ausência de planejamento estratégico.

Outro ponto polêmico é a atuação dos agentes de trânsito e da Guarda Municipal, que, segundo denúncias de moradores, têm se desviado de sua função original de proteger e orientar o cidadão. Sob a influência direta do Executivo, servidores que deveriam atuar com imparcialidade estariam servindo como instrumento político do prefeito Wagner Rodrigues, prontos para agir conforme sua conveniência.

Além da falta de preparo técnico, há também críticas à ausência de abordagem humanizada. Muitos cidadãos relatam que as abordagens são feitas de forma ríspida, autoritária e sem diálogo, gerando medo e constrangimento. Em vez de orientar e educar, parte dos agentes tem adotado uma postura de repressão e intimidação, o que agrava ainda mais o distanciamento entre o poder público e a população.

Essa politização e desumanização no atendimento causam desconforto e revolta entre motoristas e pedestres. Ao invés de promover a harmonia e o respeito nas vias, a conduta adotada por alguns agentes tem aumentado a tensão, a insatisfação e o sentimento de injustiça.

As consequências dessas atitudes vão além das ruas. Politicamente, Wagner Rodrigues tem criado um clima de desgaste que atinge diretamente seus aliados. Sua forma de governar — marcada pela arrogância administrativa e pela falta de diálogo — vem minando a credibilidade e a imagem de figuras importantes como Dorinha, Eduardo Gomes e Tiago Dimas, que já enfrentam baixa popularidade e grandes dificuldades de reconexão com o eleitorado de Araguaína.

A condução autoritária e impopular da gestão municipal acaba respingando sobre esse grupo político, enfraquecendo ainda mais suas bases na cidade e em todo o Tocantins. O prefeito, ao invés de fortalecer a aliança, desintegra a imagem de um projeto político que já se vendia como símbolo de gestão técnica e “política perfeita”, mas que agora mostra sinais claros de desgaste e desconexão com a realidade do povo.

Araguaína precisa urgentemente de planejamento técnico, não de improvisos. A cidade clama por engenharia de tráfego eficiente, educação no trânsito e respeito ao cidadão. A ASTT, em vez de ser símbolo de eficiência, tornou-se sinônimo de desorganização, autoritarismo e falta de humanidade.

Se a administração municipal não rever suas políticas, o caos tende a se agravar. A “capital econômica do Tocantins” corre o risco de perder não apenas sua mobilidade, mas também a confiança de quem nela vive e trabalha — e, junto dela, ruir o capital político de quem deveria representá-la com responsabilidade e compromisso.

 
 
 

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