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Editorial | Um governo que sobrevive, mas não governa

  • Foto do escritor: Flávio Guimarães
    Flávio Guimarães
  • 2 de out.
  • 2 min de leitura
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A reunião do governador interino Laurez Moreira com deputados estaduais para apresentar o balanço fiscal do Tocantins escancarou a fragilidade de uma gestão que tenta se mostrar legítima, mas não consegue se sustentar nem no próprio campo político.

O relatório, vendido como símbolo de transparência e estabilidade, foi imediatamente rebatido pelo governador Wanderlei Barbosa, que acusou o atual governo de distorcer informações para fabricar um cenário de caos herdado. Wanderlei sustenta que deixou as contas equilibradas, com recursos reservados para investimentos estratégicos.

A contestação expôs o que já é evidente nos bastidores: Laurez governa mais pela narrativa do que pela prática. Não conseguiu até agora sequer definir um líder na Assembleia Legislativa para representá-lo, revelando isolamento e ausência de articulação mínima.

Nesse jogo político, o deputado Gutierrez Torquato, que vinha sendo apontado como possível líder do governo, acabou ficando em segundo plano. Nos bastidores, comenta-se que o escolhido deve ser Jorge Frederico, parlamentar que recentemente mudou de posição para se alinhar a Laurez, numa clara tentativa de não perder os cargos e espaços de influência que mantém em Araguaína. A troca de lado de Jorge é vista como mais um movimento de conveniência do que de convicção, reforçando a fragilidade da base governista.

As consequências dessa paralisia política já são sentidas no dia a dia: o Estado está parado, tanto em obras quanto em planejamento. Sem articulação e sem rumo, o governo se limita a investir em propaganda oficial, divulgando inaugurações e realizações que, na prática, não foram concluídas. Essa estratégia, em vez de fortalecer a imagem do governo, apenas o expõe ao ridículo, afastando ainda mais a confiança da sociedade.

O que se vê é um governo interino que sobrevive politicamente, mas não governa de fato. Um governo que prefere usar relatórios técnicos como propaganda, enquanto falha em construir legitimidade e força institucional. Nesse vazio de comando, a população segue prisioneira de disputas pessoais, quando deveria ser prioridade a gestão responsável dos recursos públicos.

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