Vicentinho Jr.: De Rejeitado por Dorinha a Cortejado por Laurez

Vicentinho Júnior dizia ser de direita. Agora, quer subir no palanque da esquerda. E acha que ninguém vai notar. Conveniência pura. Coerência? Esqueça.

O que torna o jogo explosivo é a rivalidade histórica com Irajá. Os dois não se suportam. Disputam votos, espaço e influência há anos. E agora Vicentinho se aproxima de Laurez, enquanto Irajá observa desconfiado. Pergunta inevitável: como vão conviver sem que um saia esmagado?

Laurez comemora. Vê experiência, votos e discurso pronto para qualquer ocasião. Vicentinho comemora também mas por outro motivo: sobrevivência política. A direita que ele dizia defender? Fragmentada, perdida e sem rumo. Melhor mudar de barco antes que afunde.

O eleitor percebe. Quem troca de lado a cada eleição não é estratégico. É oportunista. Desesperado. E no Tocantins, a memória política é longa.

Irajá observa. O rival que mantém identidade e coerência. Que sabe explorar contradições. Vicentinho se perde entre sobreviver e calcular, sem saber se vai conviver com o adversário ou se será engolido pelo confronto.

No fim, Vicentinho Jr. pode até ganhar manchetes e sorrisos em reuniões políticas, mas o eleitor vai lembrar. Trocar de palanque não é esperteza é desespero disfarçado de estratégia.

O palco da conveniência é traiçoeiro. E Vicentinho corre o risco de cair sozinho, no meio do caminho, com Irajá observando cada passo.