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Tocantins em colapso: crise fiscal expõe incompetência administrativa e disputas políticas

  • Foto do escritor: Welton Ferreira
    Welton Ferreira
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

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A crise financeira que atinge os municípios do Tocantins vai muito além da queda de repasses federais. Demissões em massa, cortes salariais e fusão de secretarias revelam o que muitos já desconfiavam: prefeitos gastam acima do que arrecadam, acumulam erros de gestão e agora jogam a conta nos servidores e cidadãos.

O presidente da ATM e prefeito de Cristalândia, Big Jow, admitiu que “diversas prefeituras terão que cortar na carne”. Mas cortar na carne não é solução, é consequência de escolhas políticas mal planejadas, excesso de cargos comissionados e prioridades equivocadas, enquanto obras estratégicas ficam paradas e serviços essenciais ameaçados.

Porto Nacional: má gestão e cortes dramáticos

A prefeitura de Porto Nacional demitiu cerca de 200 servidores e contratados temporários, reduziu salários de comissionados e cortou contratos. Segundo a administração, a queda de receita foi de R$ 7 milhões nos cinco primeiros meses de 2025.

Nos bastidores, servidores relatam atrasos e desorganização nos setores estratégicos, indicando que o problema vai além da falta de repasses: é consequência de decisões administrativas centralizadas, gastos excessivos e priorização de interesses políticos sobre serviços públicos essenciais.

Palmas: fusão de secretarias e gestão contestada

Em Palmas, o prefeito Eduardo Siqueira extinguiu e fundiu 12 secretarias, além de reduzir em 20% os salários de comissionados. Embora a medida tenha caráter emergencial, críticos apontam que se trata de uma resposta tardia a anos de planejamento insuficiente e excesso de cargos de confiança.

Bastidores da prefeitura sugerem que o corte de secretarias é, em parte, uma tentativa de esconder a incapacidade de gestão diante da população, enquanto contratos questionáveis e despesas políticas continuam pesando sobre os cofres municipais.

Paraíso do Tocantins: austeridade que revela fragilidades

A administração do município reduziu gratificações, revisou contratos e promoveu demissões. Apesar de apresentar a iniciativa como responsabilidade fiscal, a medida expõe a fragilidade administrativa e a falta de planejamento estratégico, que agora obriga servidores e cidadãos a suportarem o impacto de erros acumulados ao longo de anos.

Fontes da prefeitura indicam que algumas decisões de corte foram motivadas por disputas internas e pressão de grupos políticos, mostrando que a crise fiscal serve também como ferramenta de manobra política.

Araguaína: paralisação de obras e tensões internas

Em Araguaína, a situação é crítica. O prefeito Wagner Rodrigues já suspendeu contratações, revisou contratos de terceirização e congelou repasses para projetos não essenciais. Servidores denunciam atrasos em pagamentos a fornecedores e risco de paralisação de obras importantes.

Nos bastidores, secretários brigam por recursos escassos, enquanto decisões centralizadas na prefeitura criam impasses que atrasam obras e prejudicam programas sociais. A falta de planejamento estratégico e priorização política sobre a administração pública transforma a crise fiscal em um verdadeiro campo de batalha interno, com reflexos diretos na população.

A conta que recai sobre servidores e população

A crise fiscal do Tocantins não é apenas consequência da queda do FPM: é o resultado de má gestão, decisões políticas equivocadas e disputas internas que prejudicam serviços públicos essenciais. Cortes emergenciais, exonerações e congelamento de salários atingem os mais vulneráveis, enquanto prefeitos tentam justificar medidas impopulares como “necessárias”.

O resultado é claro: prefeitos jogam a conta da incompetência administrativa sobre servidores e cidadãos, revelando que, por trás das medidas de contenção, há um emaranhado de disputas políticas, decisões centralizadas e prioridades equivocadas que corroem a capacidade de investimento e atendimento público.

O Tocantins precisa mais do que medidas emergenciais: precisa de gestão estratégica, transparência, planejamento e responsabilidade política, antes que o colapso fiscal se torne irreversível e o prejuízo à população se torne irreparável.

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