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OAB Tocantins investiga denúncias de perseguição política e assédio contra advogados no Governo Laurez

  • Foto do escritor: Welton Ferreira
    Welton Ferreira
  • 18 de out.
  • 2 min de leitura

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A turbulência política que marca os primeiros meses da gestão de Laurez Moreira (PSD) no Governo do Tocantins começa a atingir também o campo jurídico. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OABTO) confirmou que está apurando graves denúncias de assédio moral, discriminação e perseguição política contra advogados servidores públicos, supostamente ocorridas dentro do Procon Tocantins, órgão vinculado ao Executivo estadual.

Segundo apurações internas da Ordem, as acusações estão diretamente ligadas à nomeação do novo superintendente do Procon, Fernando Amaral, cuja indicação teria partido do advogado Tiago Dourado, ex-candidato à presidência da OAB Tocantins nas últimas eleições da entidade. Dourado, segundo fontes da própria advocacia, já articula nos bastidores uma nova candidatura ao comando da Ordem em 2026.

De acordo com denúncias recebidas pela OAB, logo após a posse do novo superintendente, teria sido elaborada uma lista de exonerações com base em posicionamentos políticos de advogados nas últimas eleições da entidade. Servidores relataram que o principal critério para permanência ou demissão seria a afiliação a grupos opositores à ala de Dourado dentro da advocacia tocantinense.

Nos bastidores, comenta-se que a operação teria aval político de figuras próximas ao Palácio Araguaia, interessadas em enfraquecer grupos de influência dentro da OAB e reconfigurar apoios para as próximas disputas classistas. A tensão chegou ao ponto de servidores relatarem ambiente de intimidação e constrangimento institucional, com mudanças repentinas de funções e pressão psicológica sobre advogados identificados com adversários internos.

Diante do cenário, o presidente da OAB Tocantins, Gedeon Pitaluga Júnior, divulgou uma nota oficial contundente, repudiando qualquer tentativa de perseguição ou interferência política na advocacia pública.

“A OAB não aceitará qualquer tipo de tentativa de intimidação, constrangimento ou perseguição por parte de qualquer ente da Administração Pública, sobretudo quando buscam influenciar a nossa história de independência institucional”, afirmou Pitaluga.

A declaração foi interpretada como um recado direto ao Governo Laurez e aos grupos que tentam instrumentalizar a máquina pública em disputas dentro da Ordem.

“Àqueles que insistem em não entender a posição histórica da instituição, a OABTO reafirma seu destemor e sua independência para atuar e tomar medidas judiciais contra abusos e arbitrariedades perpetrados por Poderes e poderosos”, completou o presidente.

Enquanto o Palácio Araguaia ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, o episódio acende um alerta: o que parecia uma simples disputa administrativa pode se transformar em uma crise política e institucional, colocando o Governo Laurez em rota de colisão com uma das entidades mais respeitadas do Estado.

Nos corredores da advocacia e da política tocantinense, a avaliação é unânime a investigação da OAB pode revelar o primeiro grande escândalo interno da gestão Laurez Moreira. E mais: a forma como o governador conduzirá esse episódio pode definir o tom de sua relação com as instituições independentes até 2026, ano em que o próprio Laurez tentará consolidar seu poder político e onde, pelo visto, as trincheiras já começaram a ser cavadas dentro e fora da OAB.

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