Vice-prefeito assume Palmas, exonera aliados de Eduardo e é acusado de usar gestão para se promover
- Flávio Guimarães
- 9 de jul.
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Com o afastamento de Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que sofreu um infarto após ser preso no último dia 27 de junho, o vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) assumiu interinamente o comando da Prefeitura de Palmas e iniciou uma série de mudanças no alto escalão. As exonerações envolveram nomes ligados diretamente ao grupo político de Eduardo e acenderam o alerta nos bastidores sobre um possível racha entre prefeito e vice.
Entre os exonerados estão o secretário-executivo de representação de Palmas em Brasília, Rafael Drumond, o procurador-geral do município, Renato Oliveira, e o chefe de gabinete Carlos Júnior — todos ligados à confiança de Eduardo Siqueira. A decisão foi publicada no Diário Oficial e justificada por Carlos Velozo como parte de uma "reorganização administrativa".
Nos bastidores, no entanto, a leitura é de que o vice tem aproveitado o momento de fragilidade do prefeito afastado para promover aliados e construir sua própria base política. Com pouco tempo de experiência pública, Velozo disputou sua primeira eleição em 2024 e agora, interinamente no cargo, é acusado de usar a máquina para se projetar politicamente.
Enquanto isso, Eduardo Siqueira Campos permanece internado em estado estável após ter passado por uma angioplastia para desobstrução da artéria principal do coração. O boletim médico informa que ele está sob vigilância contínua da equipe médica, devido ao risco de arritmias graves nas primeiras 72 horas após o procedimento.
A movimentação do vice tem causado desconforto em setores da base governista e aprofundado o clima de instabilidade na gestão municipal. Para aliados de Eduardo, o momento exige cautela, não protagonismo político. A expectativa agora é sobre como o grupo do prefeito afastado reagirá à nova configuração da Prefeitura e se Carlos Velozo manterá a gestão focada em Palmas ou voltada para seus próprios interesses.
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