Bastidores da política tocantinense: aliados de oposição tentam emplacar matéria contra o governador afastado Wanderlei Barbosa em rede nacional

Informações que circulam nos bastidores da política tocantinense apontam para uma movimentação de adversários do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) com o objetivo de desgastar sua imagem em nível nacional.

Segundo apurações preliminares, o grupo formado pelo governador interino Laurez Moreira, a ex-senadora Kátia Abreu e o senador Irajá Abreu (PSD) estaria articulando a inclusão de uma reportagem crítica ao governador afastado no programa Fantástico, da TV Globo, e também no Domingo Espetacular, da Record TV.

De acordo com fontes ouvidas, a estratégia incluiria a contratação de uma assessoria de comunicação em São Paulo, responsável por manter interlocução direta com os veículos de imprensa e viabilizar a veiculação de conteúdos negativos sobre a gestão estadual.

Nos meios políticos, cresce a percepção de que o governador afastado Wanderlei Barbosa seria alvo de uma suposta ofensiva coordenada por adversários interessados em fragilizar sua popularidade, sobretudo após recentes embates envolvendo lideranças regionais e decisões administrativas que geraram repercussão no estado.

Nesta semana, havia forte expectativa em torno do julgamento do habeas corpus do governador afastado pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, o julgamento não ocorreu, frustrando as previsões de desfecho rápido para o caso.

Fontes próximas ao governo acreditam que a não realização do julgamento pode ter motivado uma nova tentativa de exposição nacional, com o Fantástico preparando uma matéria de tom sensacionalista, cuja chamada — segundo interlocutores — sugeriria “o fim do mandato do governador do Tocantins”. O conteúdo, se confirmado, deve gerar forte impacto político e midiático já no início da próxima semana.

No mesmo período, o ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou todas as medidas cautelares impostas ao ex-governador Mauro Carlesse (Agir), decisão que também beneficiou outros investigados. A medida provocou reações nos bastidores, especialmente por ocorrer em um momento de tensão política e de especulações sobre possíveis reviravoltas no cenário estadual.

Até o momento, nenhum dos citados comentou oficialmente as informações. A assessoria do governador afastado também não se manifestou sobre o caso.

Analistas políticos avaliam que o episódio revela o acirramento da disputa pelo controle do poder no Tocantins. A tentativa de levar o embate local à imprensa nacional reforça o clima de polarização e expõe a fragilidade das relações entre governo e oposição, num momento em que o estado busca estabilidade institucional e a retomada de projetos estratégicos paralisados.